Morreu o escritor italiano Edoardo Sanguineti


O poeta, escritor, crítico e intelectual italiano Edoardo Sanguineti, considerado um dos principais nomes da literatura vanguardista de Itália na década de 60, morreu ontem, aos 79 anos, num hospital de Génova. Sanguineti morreu após uma cirurgia de urgência a um aneurisma abdominal a que foi submetido no Hospital Villa Scassi. Nascido em Génova, em 1930, o seu nome destaca-se entre os mais importantes poetas, autores de peças de teatro, críticos, romancistas, ensaístas e activistas italianos. Sanguineti passou também pela política, ao ser deputado independente pelo PCI entre 1978 e 1983. Indicado como um dos maiores especialistas em Dante foi professor de Literatura nas universidades de Turim, Génova e Salerno. Enquanto activista, foi um dos fundadores do controverso Grupo 63, onde a poesia experimental explorava o que considerava ser a “dissolução” da linguagem quotidiana. Os jogos de palavras por que era conhecido levaram a “Laborintus”, o seu primeiro livro de poesia publicado em 1956, e a várias outras obras. Afirmando-se como “o poeta mais patético do século XX”, escreveu poemas até 2004 e após o fim da sua carreira académica, em 2000, passou a dedicar-se à militância da esquerda radical, prosseguindo, no entanto, com a escrita.

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