Biblioteca de Arqueologia herdada dos alemães reabre no Palácio da Ajuda


É considerada uma das melhores bibliotecas de arqueologia existentes em Portugal e reabriu ontem ao público, em instalações provisórias, no Palácio da Ajuda, em Lisboa.
Fundo bibliográfico inclui mais de 55.000 registos (Miguel Manso)
A Biblioteca de Arqueologia, que herdou o espólio do Instituto Arqueológico Alemão (IAA), é um dos serviços "despejados" da Avenida da Índia devido às obras para o novo Museu dos Coches e, por causa disso, ficou durante um período inacessível ao público, o que gerou protestos da parte dos arqueólogos. Ontem, o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar) reabriu-a, na presença de representantes do IAA - que, por razões financeiras, teve de extinguir em 1999 a sua delegação em Lisboa, aberta desde 1971. Nessa altura, o instituto alemão cedeu ao Estado português o seu espólio. A biblioteca - com 55 mil registos bibliográficos - deverá mudar novamente de sítio "daqui a dois anos, quando as novas instalações forem abertas na Cordoaria", disse, num breve discurso, Luís António Pinho Lopes, chefe de gabinete do secretário de Estado Elísio Summavielle. Pinho Lopes referia-se à projectada transferência do Museu Nacional de Arqueologia (MNA) e dos vários serviços (arqueociências, arqueologia náutica e subaquática) que antes estavam nas instalações da Avenida da Índia para a Cordoaria - uma solução polémica, que tem contado com a oposição do próprio director do MNA, Luís Raposo. Actualmente estes serviços estão espalhados por diferentes locais de Lisboa. O presidente do IAA, Hans-Joachim Gehrke, presente na cerimónia de ontem, anunciou a intenção de avançar com um programa de bolsas que permitirá aos arqueólogos portugueses trabalharem nos departamentos do instituto alemão espalhados pelo mundo, em cidades como Atenas, Roma, Jerusalém, Cairo e outras.

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