Opinião sobre os Livros Electrónicos


José Pacheco Pereira. É professor universitário, historiador e escritor, no entanto, quase todos o conhecem como político. Há muitos anos que escreve e publica. Dos seus livros mais mediáticos, destaca-se “Álvaro Cunhal, Uma Biografia Política”. A revista LIVROS & LEITURAS foi ao encontro de Pacheco Pereira, o homem que tem a maior biblioteca privada do país, com cerca de 100 mil livros.

Livros & Leituras – José Pacheco Pereira tem mesmo a maior biblioteca privada do país?

José Pacheco Pereira – Não é certamente a mais valiosa, mas deverá ser a maior em termos de títulos. Tem cerca de 100 mil livros.

L&L – Lê-se menos ou lê-se mais em Portugal?

JPP – Tenho uma certa dificuldade em responder a essa pergunta. Acho que se lê de forma diferente. É natural que se até se leia mais graças à diminuição do analfabetismo, o aumento das literacias ou o impacto do Plano Nacional de Leitura. Mas também se lê de modo diferente. O certo é que há uma crise da leitura para uma determinada literatura, devido à complexidade do vocabulário que os afasta. Hoje lêem-se textos mais curtos, textos de computador. Pode-se dizer que há mutações na leitura.

L&L – Acha que o livro electrónico vai substituir o livro de papel?

JPP – Não me repugna que possa haver uma forma de livro electrónico que, no futuro, venha a substituir o livro de papel. É natural que seja preciso dar alguns passos para generalizar esse livro electrónico. Considero que ele deva ser muito leve e que seja possível lê-lo em todos os sítios onde são lidos os livros de papel. Há, no entanto, uma limitação, seja qual for a forma - menos electrónica ou mais electrónica - que tem a ver com os nossos sentidos. Ao sentido da visão implica um ecrã de um determinado tamanho para se poder fazer uma leitura confortável.

Para ler a entrevista na íntegra clique no link: http://www.livroseleituras.com/

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