“Nocturno - O romance de Chopin"


O compositor polaco Fryderyk Chopin morreu com apenas 39 anos mas “viveu intensamente”, diz a escritora Cristina Carvalho, que pesquisou durante dois anos sobre a vida do pianista para a colocar num livro. Chama-se “Nocturno - O romance de Chopin” e é um romance, uma obra de ficção que parte da biografia de Fryderik Chopin, cujo bicentenário do nascimento, a 1 de Março de 1810, se comemora em 2010. O livro chegará às livrarias portuguesas ainda neste mês de Novembro. “O que me levou a interessar-me por Chopin foi, primeiro, a sua música que, para mim, é sublime e, em segundo lugar, a personalidade dele... fascinou-me logo que comecei a ler coisas sobre ele”, disse Cristina Carvalho. Numa nota prévia incluída no livro, publicado pela Sextante, a escritora esclarece que este “não pretende ser uma rigorosa biografia de Fryderyk Franciszek Szopen ou Frédéric François Chopin ou, simplesmente Fryc”. A autora sublinha, contudo, que “todas as datas e referências correspondem à verdade histórica”, embora salvaguarde a existência de “muitas omissões”, indicando ainda que “apenas quis escrever alguns apontamentos duma vida que, embora muito curta, foi incrivelmente apaixonada e apaixonante”. Ao longo de 177 páginas, os leitores ficam a conhecer melhor a história deste homem “extremamente sedutor, muito sensual e muito andrógino” e da sua época, das suas qualidades e limitações, amores e desamores, alegrias, amargos de boca e dores fundas, desde o seu nascimento, na aldeia polaca de Zelazowa Wola, até à morte, em Paris, a 17 de Outubro de 1849. “Não é que Fryderik Chopin fosse um grande pianista, um virtuoso, mas era uma pessoa tão intensa, com uma alma, com um espírito tão poderoso, tão transcendente, que isso fazia dele um pianista diferente. Mesmo que ele não fosse fantástico, ascendia-se a ele próprio e, de facto, criou um estilo pianístico, uma literatura pianística completamente diferente, na época”, observou a autora. Do universo do compositor, faziam parte, além do compositor Franz Liszt, personagens como o pintor romântico Eugène Delacroix, a escritora George Sand, uma escocesa chamada Jane Stirling, "a mulher que mais intensamente o amou”, segundo a escritora, o violoncelista Auguste Franchomme, “muito conhecido na época”, e a condessa polaca Delfina Potocka, entre muitos outras figuras, igualmente retratadas em “Nocturno”.

Comentários

Mensagens populares