Grupo “Babel” compra Verbo e Ulisseia


Após ter fechado o negócio de compra das editoras Verbo e Ulisseia, Paulo Teixeira Pinto não fecha a porta a futuras aquisições que o promovam do quinto grupo para melhor posição. “Babel” é o nome da holding que vai gerir as editoras que Paulo Teixeira Pinto tem adquirido desde que se envolveu no negócio do livro. Para o editor, não vai haver grandes mudanças a nível editorial e a única característica que o norteará será "tornar-se o melhor e não o maior. Nunca uma edição comercial ou popularucha". Cada chancela terá um segmento e cada um o seu conteúdo próprio é outra das filosofias da nova Babel. As alterações do mercado editorial não se resumem às novas apostas de Paulo Teixeira Pinto. Pelo contrário, a crise económica afectou de modo bastante violento um sector onde várias pequenas editoras se estavam a implantar desde que o boom da literatura light e do romance histórico fez expandir o mercado de venda de livros português nesta década. 2009 tem sido um ano de grandes cortes na quantidade de livros publicados e nos números das tiragens. As livrarias, apertadas pela crise devolvem os livros por vender mal chega o prazo para liquidar as facturas e todas as editoras estão a ser confrontadas com o retorno dos livros à consignação que, em época normal, ficariam como fundo de catálogo dos estabelecimentos. Pior, muitas pequenas editoras estão a publicar livros conscientes que não irão pagar os direitos devidos aos seus autores. Entre as editoras que não resistiram à crise está a Quasi, dedicada em muito à poesia, que anunciou o seu fim no mês passado. Também a Sextante acabou por não resistir à falência da sua distribuidora e foi integrada na gigante Porto Editora. O próprio Grupo Leya, que se está a expandir para os países lusófonos, decidiu enxugar as suas múltiplas chancelas, começando por fechar a Oceanos e redestribuir os seus títulos e autores, principalmente, pela Dom Quixote.

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