Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra reúne tesouros em livro


São 144 páginas, muitas ilustradas, nas quais se pode ficar a conhecer algumas preciosidades guardadas na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (UC), que inclui a emblemática Biblioteca Joanina. Manuscritos do século XIII, edições quinhentistas, originais dos desenhos de arquitectura da reforma pombalina, bíblias raras são parte do livro Tesouros da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, coordenado pelo director adjunto do espaço, Maia do Amaral. Na biblioteca estão, porém, guardadas inúmeras raridades, para além das que foram contempladas na obra, na qual não há, por exemplo, qualquer referência à primeira edição d`Os Lusíadas de Luís de Camões ou da Mensagem de Fernando Pessoa: «Fomos buscar outras coisas completamente novas. Descobrimos manuscritos antigos que foram estudados, coisas absolutamente extraordinárias», diz o coordenador, dando como exemplo «uma Bíblia chamada atlântica extremamente rara pelas dimensões que tem, pela aplicação do ouro e da prata nas iluminuras, e pelo facto de a maior parte dessas bíblias ter desaparecido na Europa». «Aquilo que me deu mais gosto foram os tesouros que não eram conhecidos e que, de alguma maneira, desenterrámos. Mas há relíquias conhecidas que estão no livro, como a Bíblia hebraica, produzida em Lisboa à roda de 1450 por calígrafos judeus, e que é um verdadeiro tesouro europeu», acrescenta. É também na biblioteca geral que estão guardados os originais das Viagens na Minha Terra e do Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett. Num dos rascunhos do Frei Luís de Sousa, o próprio Garrett escreveu: «Não sei, mas o theatro trágico moderno ou há-de ser isto ou não é nada».

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