Tony Judt morre aos 62 anos


Vítima de uma variante de esclerose lateral amiotrófica, também conhecida como doença de Lou Gehrig, faleceu no passado dia 6 o historiador Tony Judt, britânico de nascimento mas há muito residente nos Estados Unidos. A notícia oficial da sua morte foi comunicada pela instituição onde há muito ensinava, desde 1987, a Universidade de Nova Iorque.

Polémico para uns, frontal para outros, Judt deixou vasta obra publicada, de que não podemos deixar de destacar a monumental História da Europa desde 1945 e o Século XX Esquecido. Lugares e Memórias, os seus únicos títulos traduzidos e publicados em Portugal até agora.

Em Novembro Edições 70 irá publicar Um Tratado sobre os nossos Actuais Descontentamentos, no original Ill Fares the Land. A Treatise on our Present Discontents, publicado em língua inglesa em Junho deste ano.

Para além da sua actividade como historiador, Tony Judt foi também um intelectual público, na melhor acepção da expressão, alguém que intervém no debate público pela argumentação racional, de forma crítica e não alinhada. Neste sentido, também pertencia a um clube restrito. Mesmo na fase terminal não deixou de trabalhar, deixando-nos até um texto tão admirável quanto pungente, Night, sobre a forma como a doença ia deteriorando a sua condição física, embora se mantivesse perfeitamente lúcido.

Como testemunho de tudo isto fica a sua obra.

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