Entrevista a Autor - Filipe Faria
Filipe
Faria nasceu em 1982, desde novo cultivou interesse pela literatura fantástica
e aos 16 anos principiou os esboços da sua primeira aventura. Concorreu e
venceu o prémio Branquinho da Fonseca organizado pela Fundação Calouste
Gulbenkian e pelo jornal Expresso em 2001. No ano seguinte conseguiu
estabelecer um acordo com a Editorial Presença e começou uma saga que durou
sete livros. “As Crónicas de Allaryia” é um tesouro para quem gosta de
literatura fantástica.
Hoje
publica-se a primeira parte de uma entrevista feita ao jovem autor sobre a saga
agora terminada e os projetos para o futuro.
1 – O que podes dizer-nos sobre ti e sobre a tua
obra até ao momento?
Filipe Faria - Tenho 30 anos, sou um escritor
concebido, nascido e residente em Lisboa, que começou a escrever a sua obra
durante a adolescência. Desse passatempo inicial nasceu uma saga de sete
livros: "As Crónicas de Allaryia."
2 – A Literatura Fantástica é o teu género favorito?
F.F. - De longe. Foi através dela que comecei a
gostar de ler e é o género que mais liberdade me dá enquanto autor.
3 – A Literatura Fantástica é “bem-tratada” em
Portugal?
F.F – Não era mas passou a ser, muito por culpa do
cinema e das adaptações de obras do género. Hoje conquistou o seu lugar no
mercado.
4 – O sétimo livro deu por concluída “As Crónicas de
Allaryia”. Que sentimentos ficam para trás?
F.F – Nostalgia e o sentimento de dever cumprido.
Foi uma grande aventura.
5 – De onde surgem as ideias para as tuas histórias?
F.F. – De todo o lado. O que é preciso é estar atento
sempre que possível e com os sentidos bem despertos. Nunca se sabe de onde uma
ideia pode surgir.
6 – Consegues apontar o teu melhor e pior momento
enquanto escritor?
F.F. – O pior momento foi, sem dúvida, o bloqueio
criativo que me assolou durante a escrita do quarto volume, “A Essência da Lâmina”.
O melhor, provavelmente, terá sido o dia em que soube que tinha sido o vencedor
do prémio Branquinho da Fonseca.
7 – Qual é a tua opinião sobre o acordo ortográfico?
F.F. – Uma língua que não evolui acaba por estagnar.
Mas também não acho bem a grafia de uma língua mudar com tantas incoerências e
por motivos discutíveis e até algo arbitrários.
A
segunda parte da entrevista feita a Filipe Faria será publicada na próxima
semana.
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