Entrevista a Luísa Fortes da Cunha - autora da saga infanto-juvenil "Teodora"


Na comemoração do Dia Internacional do Livro Infanto-Juvenil a Biblioteca Municipal de Mondim de Basto entrevistou Luísa Fortes da Cunha, autora da saga "Teodora".


1 - Fale-nos como surgiu a ideia para a saga "Teodora"

Luísa Fortes da Cunha - A inspiração para começar a escrever a Teodora apareceu em 1999, isto é, três anos antes do lançamento do primeiro livro “Teodora e o Segredo da Esfinge”. A ideia nasceu um pouco por acaso, um acaso que considero mágico. Germinou a partir da necessidade que os meus filhos tiveram de encontrar um gnomo para um trabalho da escola. Ao pesquisar sobre essa matéria na Internet deparei-me com um mundo fascinante de fadas, duendes e outras criaturas fantásticas que se encontravam em imensos sítios (muitos deles brasileiros). Apaixonei-me por essa pesquisa e comecei a delinear uma personagem que culminou com a escrita do primeiro livro.
A Teodora é uma personagem que dá corpo a uma lenda popular que diz que a sétima filha nascida de um casal se transforma em fada quando atinge os 12 anos. Teodora é também uma mistura de alquimista de várias tradições: a portuguesa, escandinava, germânica e a celta.

2 - Em uma saga já com vários livros, consegue escolher um "favorito"?


L.F.C - É impossível escolher um favorito.


3 - Quais foram as maiores dificuldades que encontrou quando quis editar o primeiro livro?

L.F.C - Quando me vi com um livro pronto nas mãos, fiquei um pouco apreensiva com a probabilidade de nunca vir a editá-lo. Até porque eu tinha lido numa revista que editar em Portugal era muito difícil e que os editores portugueses recebiam cerca de 40 livros por semana, e era normal recusarem tudo.
O meu pensamento foi este: “o meu livro será um desses 40 que são rejeitados”.
Perante este cenário, a primeira coisa que decidi fazer foi não enviar o livro, mas enviar primeiro uma carta que aguçasse o apetite ao editor que a fosse ler.
Parece que deu resultado, pois eu enviei o fax com a carta para a Editorial Presença numa quinta-feira à tarde e na sexta-feira estavam a telefonar-me a pedir o livro, pois tinham ficado curiosos com o que eu escrevera na carta.
Demoraram 15 dias a ler o livro e daí até à edição foi um passo.

4 - A saga "Teodora" é para continuar?

L.F.C - Sim, a Teodora vai continuar. O 15º livro, Teodora e o Segredo do Templo,  estará nas livrarias no próximo mês de Maio.

5 - Imagina-se a escrever outro género de livros?

L.F.C - Talvez um dia apareça um romance.

6 - Quais são os seus géneros literários favoritos?

L.F.C - Thriller.

7 - Gostava de ver a saga "Teodora" em episódios de desenhos animados ou filmes de animação?

L.F.C - Sim. Até já tive várias produtoras interessadas mas nunca se chegou a concretizar porque são projetos muito caros.

8 - Portugal valoriza o escritor e a literatura?

L.F.C - Podia valorizar mais!

9 - Que importância atribui ao Dia Mundial do Livro Infantil?

L.F.C - Não dou muita importância. Para mim todos os dias do ano deviam ser dias do livro infantil.

10 - É a favor ou contra o Acordo Ortográfico?

L.F.C - Acho que o acordo tem coisas boas e más. Sou a favor de algumas coisas e sou contra outras.

11 - Na atualidade que importância atribui ao papel das Bibliotecas Municipais?

L.F.C - Ao longo destes 11 anos de escrita posso afirmar que as Bibliotecas Municipais têm desenvolvido um trabalho fantástico na promoção dos autores e da literatura.



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