Ferreira Gullar é o vencedor do Prémio Camões 2010

Ferreira Gullar foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano de 2009. Em 31 de Maio de 2010, recebe o Prémio Camões, o maior galardão atribuído a um escritor de língua portuguesa. Ferreira Gullar nasceu no dia 10 de Setembro de 1930 na cidade de São Luiz do Maranhão. Pseudónimo de José Ribamar Ferreira, é poeta, crítico de arte, biógrafo, tradutor, argumentista de teatro e de televisão, memorialista e ensaísta. Em 1950 mudou-se para o Rio de Janeiro. Publica o seu primeiro livro Um pouco acima do chão em 1949, editado com recursos próprios. Diz ter-se iniciado na escrita por motivos amorosos, afirmando-se como poeta, ao mesmo tempo que passou pela rádio e pelo teatro. Com uma forte consciência política, integra movimentos literários e artísticos, tendo sido nomeado, em 1961, Director da Fundação Cultural de Brasília, onde elabora o projecto do Museu de Arte Popular e lança a sua construção. Esta experiência leva a que Ferreira Gullar redireccione a sua poesia de um experimentalismo poético de vanguarda para uma atitude de maior compromisso político e social. Tal mudança leva-o a assumir uma posição política declarada, obrigando-o a um exílio (Moscovo, Santiago do Chile, Lima e Buenos Aires) de 1971 a 1977. Escreve Poema sujo em 1975. Ferreira Gullar foi agraciado com um conjunto vasto de prémios, tendo ganho o concurso de poesia promovido pelo Jornal de Letras com seu poema «O Galo» em 1950. Vence igualmente os prémios Molière (a primeira tradução a vencer este prémio com “Cyrano de Bergerac”) e o Saci, entre outros prémios de argumento de teatro. Em 1999, é agraciado com o Prémio Jabuti (que viria a ganhar novamente em 2007). Recebe, também, o Prémio Alphonsus de Guimarães, bem como o prémio Multicultural 2000, do jornal O Estado de São Paulo. Em 2002, por indicação de nove académicos dos EUA, de Portugal e do Brasil, foi indicado para o Prémio Nobel de Literatura. Em Dezembro do mesmo ano o poeta, conjuntamente com outros nove artistas de relevo internacional, recebe o Prémio da Fundação Príncipe Claus, da Holanda, atribuído a artistas, escritores e instituições culturais de fora da Europa que tenham contribuído para mudar a sociedade, a arte ou a visão cultural de seu país. Para mais informações carregue no título.