Entrevista a Zé Valério, membro da banda Brass Wire Orchestra


Os Brass Wires Orchestra são uma banda com músicas indie, folk e rock criada em 2011. Composta por 9 membros a banda é influenciada por nomes como Mumford & Sons, Typhoon ou Beirut. Os Brass Wire Orchestra já atuaram em grandes palcos e em festivais como o "Paredes de Coura" ou no "Alive".
Entre os elementos encontra-se Zé Valério, com raízes mondinenses, que a Biblioteca Municipal entrevistou.

Biblioteca Municipal de Mondim de Basto – Zé, como é que surgiu os Brass Wire Orchestra e como é que tu chegaste ao projeto?


Zé Valério - Os Brass Wires Orchestra surgiram no seguimento de uma ideia do Miguel, (o vocalista) que queria um conceito em que precisava de músicos para gravar um piloto do mesmo. Os vídeos tiveram sucesso no youtube e nós decidimos criar a banda. Eu fui um dos músicos que entrou nesse piloto.

B.M.M.B - Quais são as vossas influências musicais?

Z.V. -  Todos nós tivemos influências diferentes até nos conhecermos e formarmos a banda. Acho que é de tudo um pouco mas, maioritariamente Folk, Indie...

B.M.M.B -  Vocês já estiveram em vários festivais de verão e em algumas das melhores casas de espetáculos de Portugal. Há alguma atuação que te tenha marcado mais?

Z.V. -  Acho que não houve nenhuma que tenha sido a melhor ou que me tenha marcado mais. Todas são boas numas coisas e más em outras. O que é realmente bom é estar em palco e sentir que o público está a gostar do que estamos a fazer em palco, a sentir aquilo que se está a passar.

B.M.M.B - O que pensas da atual situação da cultura em Portugal?

Z.V. - A cultura em Portugal ainda está muito atrás de muitos países da Europa e do mundo. É muito complicado para uma banda portuguesa de qualidade, e eu falo de bandas pois é a minha área e a que mais me interessa, fazer vida disto só em Portugal, e mesmo que queira sair do país torna-se muito difícil. Se formos a ver em países como Inglaterra, França, Alemanha, são países que facilmente colocam bandas a ter sucesso em outros países da europa. Nós, não por falta de qualidade mas sim pelo reflexo que a nossa cultura tem lá fora, penso eu, talvez não consigamos fazer o mesmo.

B.M.M.B - Lançaram agora o cd “Cornerstone”, de onde é que surgiu o nome?

Z.V. - Cornerstone é a pedra mãe de um edifício, é a primeira pedra a ser colocada numa obra. É isso que nós esperamos deste cd, que seja o primeiro, a pedra mãe de muitos que estão para vir.

B.M.M.B - Quais são as expectativas para este cd?

Z.V. - Alcançar o maior número de pessoas possível.

B.M.M.B - “Tears of Liberty” marca presença constante nas rádios, é um bom sinal de reconhecimento?

Z.V. - Claro. É sempre bom teres a tua música a passar em várias rádios. É sinal de que as pessoas gostam de a ouvir e reconhecem que tem qualidade.

B.M.M.B - Têm página facebook, vídeos no youtube, a divulgação nas redes sociais é nesta altura indispensável para o sucesso de qualquer banda?

Z.V. - Completamente. A meu ver, hoje em dia se é importantíssimo haver proximidade dos fãs, e as redes sociais dão-te essa possibilidade. Também te ajudam na divulgação do teu trabalho muito mais facilmente do que se não as usares...

B.M.M.B - Singrar no mundo da música é um caminho com muitas rochas?

Z.V. - Sim, não é mesmo uma coisa fácil. Muita insistência, muitas horas sem dormir, muitas escolhas que temos de fazer e algumas delas que nos marcam para o resto da vida, mas pronto, música é música e como em tudo na vida, se realmente queres vais atrás disso.

B.M.M.B -  O que significa para ti Mondim de Basto?

Z.V. - Mondim de Basto é a terra da minha mãe. É a minha segunda casa. Hoje em dia já se torna difícil ir lá mais vezes mas é um sítio muito especial, onde vivi ótimos momentos, onde fiz amigos para a vida e do qual nunca me vou afastar.

B.M.M.B - Deixa uma mensagem para todas as bandas que se vão formando pelo país com o sonho de um dia estarem num grande palco.

Z.V. - Lutem, contra tudo e contra todos! Não desistam facilmente e encarem um "Não" como um incentivo para trabalharem mais e melhor.




 
O cd "Cornerstone" está já à venda e a banda estará em Vila Real no próximo dia 27 de Junho no âmbito do Rock Nordeste. Obrigado ao Zé Valério pela entrevista.  













  



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